De 30 Setembro a 2 Outubro - 22h00
3€ - M12
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Pela arte pública
Poesia de Eugénio de Andrade
Neste longo, ardente verão do sul, apenas as cigarras têm modulações amplas.
À roda tudo é silêncio e secura.
Os próprios homens quase não têm fala, mas os seus olhos queimam como duas pedras expostas ao sol durante milhares de dias. Só eles afirmam que nem tudo no Alentejo nasce e morre acachapado à terra.
Eles, e uns pombos bravos que subitamente rasgam o céu, como quem foge ao áspero, ardido, amargo coração do meu país.
in Os Afluentes do Silêncio, Eugénio de Andrade
Ficha Técnica e Artística
Poemas Eugénio de Andrade Direcção Dramaturgia / Performer Gisela Cañamero Assessoria Literária / Assistência de Cena Carlos Sousa de Almeida Sonoplastia José Manhita Luminotecnia Ivan Castro Videoplastia Rafael Del Rio Relações Públicas / Produção Executiva Raul Bule
Estrutura Financiada
Ministério da Cultura
Fundação Calouste Gulbenkian
DGArtes
Município de Beja
Apoio
Imagem d'Homem Cabeleireiros