26 Fevereiro - 21h30
5€ / 3,5€ - M16
Pelo BAAL17
Uma casa sem camas e sem quartos.
Três viúvas. Doroteia, uma prostituta arrependida. Uma adolescente que nasceu morta e que se casará amanhã. A mãe do noivo. Homens invisíveis, uns que apodrecem outros que dão chagas…
E a náusea que trespassa toda a família.
Na sua narrativa simples, “Doroteia” conta a história de uma pária fugida da casa de família para errar no mundo. Regressa a casa das suas primas, Flávia, Maura e Carmelita, para se redimir do pecado da lascívia. No entanto, as primas exigem uma redenção total com o desfiguramento do corpo e do rosto de Doroteia.
Nelson Rodrigues insurge-se contra este destino, marcando o texto com toda a obsessão, paixão, loucura e resistência a este acto castrador.
A proposta da Baal 17 extrema a questão a um outro nível ainda: Doroteia e Flávia são ambas a mesma pessoa, vivendo no seu conflito o combate pessoal permanente entre liberdade e castração.
Texto aberto que se presta a inúmeras interpretações, “Doroteia” é a obra mais controversa do polémico repertório rodrigueano. Com esta encenação, a BAAL 17 encerra assim a Trilogia (já produziu “Beijo no Asfalto” e “Valsa n.º 6”) a que se propôs em torno da obra daquele que é considerado o maior dramaturgo brasileiro do Sec. XX.
Ficha Técnica e Artística
Encenação Eduardo Condorcet Interpretação Ana Leitão, António Abernú, Filipe Seixas, Paulo Duarte, Rui Ramos e Vânia Silva Cenografia e Figurinos Sara Machado da Graça Desenho de som Panos Tzelekis Animação 2D João Lima Desenho de Luz Marco Ferreira Assistência à cenografia e Construção de cenário João Sofio Assistência aos figurinos Andreia Rocha Assistência à encenação António Abernú Operação técnica (luz e som) Paulo Troncão Produção Sandra Serra Assistência à produção Rodrigo Martins e Ana Antão Costura Mónica Félix Fotografia José Ferrolho Design Gráfico Verónica Revez/Bloco D Comunicação e Design
Rede
Co-Financiamento