TRÊS TRISTES TIGRES


9 Julho - 20h00
7€ - M6


Os Três Tristes Tigres nasceram nos idos de 1990, à volta de um gravador de cassetes rasca. Ana Deus vinda dos BAN e Regina Guimarães fabricavam informalmente colagens e canções. Antes da formação que dará origem ao primeiro CD. Os primeiros concertos, no bar Aniki-Bobó (Ana Deus e Paula Sousa ao vivo, Regina Guimarães ao morto) assemelhavam-se a um cabaret pop, entre o poético e o corrosivo. PARTES SENSÍVEIS, de 1993, será o rasto da primeira configuração dos TTT.
Aprofunda-se então a colaboração entre Ana Deus e Alexandre Soares um ex-GNR que entretanto se juntara à banda como músico convidado. Com a alteração do som dessa aventura artística nascerão dois CDs de originais – GUIA ESPIRITUAL (1996) e COMUM (1998) – e uma compilação, VISITA DE ESTUDO, que contém revisitações, algumas distanciadas, de composições anteriores. Além das digressões ligadas à divulgação dos discos, o pequeno planeta TTT produziu objectos de formatos variados, nomeadamente o concerto «Ferida Consentida» (1999, em torno do livro «Um beijo dado mais tarde» de Maria Gabriela Llansol), canções para filmes de Saguenail e de João Canijo.
O grupo reúne-se novamente em 2017 a convite do Teatro Rivoli no Porto, para tocar o álbum “Guia espiritual” que em 1996 juntamente com o prémio “Melhor grupo nacional” para os 3TT foi considerado “Disco do ano” nos prémios, do então Jornal, Blitz.
Juntando-lhe temas do álbum que se seguiu em 1998 “ COMUM “ e com arranjos que aproximam a sua interpretação à visão actual dos músicos, têm tocado regularmente enquanto preparam um novo disco a sair no primeiro trimestre de 2020.
Ana Deus e Alexandre Soares mantêm também até hoje, uma relação de trabalho com projectos ligados ao Cinema Teatro e Dança, e no colectivo “Osso Vaidoso” com 2 álbuns editados em 2011 e fim de 2016, com uma forte componente ligada à poesia e a instrumentação minimal, no essencial baseada em trabalho de guitarra e electrónica. E eis que, em 2020, eles cumprem e regressam com um álbum intemporal onde as guitarras de Alexandre Soares navegam entre a vertente mais crua, eléctrica e acústica espacial; a voz de Ana Deus transporta, de forma livre, os poemas adaptados de William Blake e Langston Hughes, os poemas originais de Regina Guimarães e de Luca Argel para as partes sensíveis, as minorias e as coisas que sussurram. Um disco de rock mais rugido e delirante, contaminado com circuitos electrónicos, e outros temas mais ambientais e lentos.

Formação
Ana Deus Voz
Alexandre Soares guitarras/eletrónica
Miguel Ferreira teclados/prog
Fred Ferreira Percussão e Sampler
Rui Martelo Baixo
Angélica Salvi harpa / artista convidada