SILLY (1ªparte ) e FRANCESCA ANCAROLA (2ªparte)

 Festival das Marias
11 Novembro - 21h00
5€ - M6

Silly
É do dia-a-dia que Maria Bentes fez com que silly nascesse do seu “eu” mais íntimo e sincero. Surge sem anunciar, de forma muito orgânica e experimental, de uma necessidade de expressão e ganha vida nesse ponto de convergência entre os seus dois prazeres mais antigos: a música e as palavras. silly traduz na sua música tudo o que vive e aqueles com quem se cruza, assim como é veículo para algumas viagens introspectivas.
A música esteve sempre do seu lado ao estudar guitarra e piano, mas foi só há cerca de dois anos que começou a musicar as suas letras. As suas influências são consequência das sonoridades de que se faz rodear, desde o hip-hop ao jazz, ou do R’n’B à MPB. Mas aquilo que a inspira verdadeiramente são todos os ambientes e experiências vivenciais, num processo totalmente inconsciente, que a leva a relatar e musicar as suas palavras. Ao contrário do expectável, não foi nos livros e poemas em que se inspira, foi no simples acto de observar e absorver a vida a acontecer. Ser a silly é só viver sensivelmente.

Ficha Artística
Maria Bentes (silly)
Eduardo Cardinho músico
Sara Leite Técnica de Som

Francesca Ancarola – Tiempo
TIEMPOdúo, surge da musicalização da poesia de Gabriela Mistral, em particular da obra poética "Tiempo" que aparece perto do final de LAGAR, último livro publicado antes da sua morte. Estes versos falam em grande parte de uma imagem mais serena da sua obra literária, onde revela abertamente o seu desejo constante de regressar à vida rural, universo que ela lembrava com grande apreço e nostalgia. O retorno à vida na natureza como valor recuperado, após a devastação e a falta de consciência do ser humano e das suas cidades.
A obra musical, por outro lado, remonta aos primórdios criativos da compositora, cantora e instrumentista chilena Francesca Ancarola, ao realizar uma primeira parte desta obra como uma tarefa para sua aula de composição musical. Trinta anos depois, quando o Chile entra em uma profunda crise social e que decanta na atual fase de reconstrução político-social em face da uma nova constituição, Ancarola, junta-se ao movimento das ruas e reúne com sua amiga e colega de faculdade, a contrabaixista Alejandra Santa Cruz. Juntas, elas retomam a obra da Gabriela Mistral, dando novos significados a esses versos, dos quais emana uma profunda conexão com o pulso feminino e o sagrado da vida, onde o que é essencial, encontra seu espaço em quatro poemas fundamentais para desta época.

Ficha Técnica
Francesca Ancarola Cantora, Cajon Andaluz e guitarra
Alejandra Santa Cruz Cantora e Contrabaixo
Luís Astudillo Percussões

Org. CADAC
Apoio Câmara Municipal de Beja