HOMENS QUE FALAM COMO MULHERES

6 e 27 Novembro - 21h00
Entrada Livre - M6
Performance Poética e Musical

Pelo arte pública

A arte pública celebra o Berço da Poesia Portuguesa através dos Cantares dos Trovadores Galego-Portugueses da Idade Média, na perspectiva dos homens que se colocaram na pele das mulheres para sentirem, por elas, as «coitas de amor». Numa re-interpretação poética e musical de Gisela Cañamero e José Manhita, em HOMENS QUE FALAM COMO MULHERES, o público poderá ter acesso, em português contemporâneo - com retroversão de Natália Correia e de Gisela Cañamero - a poemas e autores que fazem parte do início da História da Literatura Portuguesa (séc XII), como João Garcia de Guilhade, Pero Viviães, João Airas de Santiago ou Martim de Guinzo, entre outros. Estes autores, que, nas Cantigas de Amigo, entendem dar voz às mulheres nas mais diversas situações - desde a donzela apaixonada à mulher casada, do diálogo mãe/filha à fuga desta para o encontro amoroso, do amor correspondido à relação defraudada - obedecem, na tradição provençal, às Leis publicadas por André Capelão (séc XII) em «Tractatus de Amore» («Tratado Sobre o Amor»). No entanto, os arcaísmos presentes nestas Cantigas de Amigo, são testemunho da existência de um lirismo, presente no Noroeste da Península Ibérica, anterior às primeiras influências provençais.

Ficha Técnica e Artística
Tradução Natália Correia | Gisela Cañamero
Interpretação | Música Gisela Cañamero | José Manhita
Clarinete Mónica Amaral
Produção Executiva Raul Bule
Design Gráfico Inês Machado